quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A RESSURREIÇÃO DO CORPO


A
RESSURREIÇÃO
 DO CORPO

Adaptação
Pr. João Lopes Amaral


[1 Co 15. 35] “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virá?”

A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.

A Bíblia revela pelo menos três razões porque a ressurreição do corpo é necessária.

a. O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo, por conseguinte, a redenção que Cristo oferece, abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Romanos 8. 18-25).

b. O corpo é o templo do Espírito Santo (Romanos 6. 19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito.

c. Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilada pela ressurreição (Romanos 15. 25).

2. TANTO AS ESCRITURAS DO ANTIGO TESTAMENTO (conf. Hebreus 11. 17-19); como Gênesis 22. 1-4; Salmos 16. 10, como Atos 2. 24; Jó 19. 25-27; Isaías 26. 19; Daniel 12. 2; Oséias 13. 14) como as Escrituras do Novo Testamento (conf. Lucas 14.1 3-14; 20. 35-36; João 5. 21, 28-29; 6. 39-40, 44, 54; 1 Coríntios 15. 22-23; Filipenses 3. 11; I Tessalonicenses 4. 14-16; Apocalipse 20. 4-6, 13), ensinam a ressurreição futura do corpo.

3. NOSSA RESSURREIÇÃO CORPORAL ESTÁ GARANTIDA PELA RESSURREIÇÃO DE CRISTO (ver Mateus 28. 6 *nota; Atos 17. 31; 1 Coríntios 15. 12, 20-23)

4. EM TERMOS GERAIS, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 8. 29; 1 Coríntios 15. 20, 42-44, 49; Filipenses 3. 20-21; 1 João 3. 2). Mais especificamente o corpo ressurreto será:
(a) Um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e, que, portanto, será reconhecível (Lucas 16. 19-31);
(b) Um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Coríntios 15. 42-44, 47-48; Apocalipse 21. 1);
(c) Um corpo imperecível, não sujeito a deteriorização e à morte (1 Coríntios 15 .42);
(d) Um corpo glorificado, como o de Cristo (1 Coríntios 15. 43; Filipenses 3. 20-21);
(e) Um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem a fraqueza (1Coríntios 14. 43);
(f) Um corpo espiritual (ex. Não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lucas 24. 31; João 20. 19; 1 Coríntios 15. 44);
(g) Um corpo capaz de comer e beber (Lucas 14. 15; 22. 16-18, 30; 24. 43; Atos 10. 41).

5. QUANDO OS CRENTES RECEBEREM SEU NOVO CORPO SE REVESTIRÁ DA IMORTALIDADE (1 Coríntios 15. 43). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:
         a). Para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano quando o criou (conf. 1 Coríntios 2. 9);
         b). Para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (João 17. 13)
         c). Afim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (João 3. 16; Efésios 2. 7; 1 João 4. 8-15).

6. OS FIÉIS QUE ESTIVEREM VIVOS NA VOLTA DE CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da Ressurreição deles (1 Coríntios 15. 51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física (ver apostila O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

7. JESUS FALA DE UMA RESSURREIÇÃO DA VIDA PARA CRENTE, e de uma ressurreição de juízo para o ímpio (João 5. 28-29).

[Romanos 8. 18-25] “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?”

*Nota:
- Uma declaração da esperança cristã e do modo pelo qual ela afeta o indivíduo (v18) e toda a criação (vss19-25). Compare com 2 Coríntios 4. 17). Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará o meu caminho em Cristo Jesus, como em toda a parte ensino em cada igreja.

Romanos 8. 19 – A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois, a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou.

*Nota:
Está sujeita à vaidade. Depois que Adão pecou, Deus foi “obrigado” a sujeitar a criação à vaidade para que o homem, em sua condição pecaminosa, pudesse reter certa medida de domínio sobre a criação. Arrastada para o mal com a queda do homem, ela será emancipada quando a humanidade (os salvos) receber a plenitude de sua adoção de filhos (vs23). Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque Sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até a fora. E não somente ela, mas também nós que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção de nosso corpo. Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não esperança, pois, o que alguém vê não é como espera? Mas se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. (vs26) – Também o Espírito, semelhantemente nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis.

         d). 2ª razão porque a ressurreição do corpo é necessária: O corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 3. 16) – Não sabeis que sois Santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? (1 Coríntios 6. 19)  - Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes ela parte de Deus e que não sois de vós mesmos?
            e). Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas (1 Coríntios 15. 26). Porque aprouve a Macedônia e a Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.

*2 TANTO AS ESCRITURAS DO ANTIGO TESTAMENTO (conf. Hebreus 11. 17-19)

Pela fé Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava a ponto de sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas. A quem se havia dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; Porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente o recobrou

[Gênesis 22. 1] “E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.”

[Gênesis 22. 2] “E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.”

[Gênesis 22. 3] “Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.”

[Gênesis 22. 4] “Ao terceiro dia, levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe.”

*Notas:
Pôs Deus Abraão à prova. Deus a ninguém tenta com o mal (veja nota sobre Tiago 1. 13) mas em certas circunstâncias Ele nos prova em teste como a fez acontecer aqui, com Abraão.

(Gn 22. 2) – Sacrifícios humanos eram praticados (embora não pelos piedosos) no (A.T), e Abraão certamente estava familiarizado com a prática desde a Mesopotâmia. A intenção de Deus aqui era verificar se Abraão O amava mais que a Isaque, e testar Abraão em sua fé quanto a promessa sobre seus descendentes.

Moriá era uma região que incluía as colinas onde, mais tarde, Salomão construiria Seu templo em Jerusalém (veja 2 Crônicas 3. 1). A viagem era cerca de 80 km.
(Salmos 16. 10 – com Atos 2. 24)

A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre da minha mãe, tu és meu Deus.
Salmos 22. Neste salmo de lamento, Davi expressa sua confiança em Deus (vs3-5; 9-10) a despeito de sua aparente rejeição por Ele (vs1-2) e pelos homens (vs6-8), pela ajuda e o livramento de Deus (vs11,19-21) em face dos ataques dos inimigos (vs11-18), resolve confiadamente louvar a Deus (Salmos 22. 25) convidam outros a se reunirem a ele no louvor (vs23,26) porque Deus ouviu sua oração (v24) e prediz a futura adoração mundial ao Senhor (vs27-31). Este salmo é típico-profeticamente messiânico (veja nota sobre Salmos 16. 8) e é um dos Salmos mais citados no Novo Testamento.

[Salmos 16 .8) – Ó Senhor tenho-O sempre à minha presença; estando Ele à minha direita não serei abalado. Alegra-se pois o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Pois, não deixará a minha alma na morte, Enem permitirás que o teu santo veja corrupção.

*Nota: 16: 8-10
Estes versículos são citados pro Pedro em (Atos 2. 25-28, 31) e o versículo 10 são citados por Paulo em (Atos 13 .35), como referência à ressurreição de Cristo, à minha direita (v8). A posição apropriada para um protetor ou defensor.

A linguagem aqui utilizada (denominada típico-profeticamente-messiânica) refere-se inicialmente à experiência do próprio salmista, mas tem seu cumprimento definitivo exclusivamente em Jesus Cristo (veja ainda Salmos 22. 11-18). Assim, a linguagem hiperbólica de Davi no tocante ao seu livramento da morte, ou mais provavelmente quanto à sua futura ressurreição, tem seu pleno cumprimento literal na libertação que Cristo experimentou da morte, através da ressurreição, pois somente Cristo não experimentou corrupção. Morte (v10) Lit., Sheol, indicando aqui, a sepultura (veja a nota sobre gênesis 37+ 35).

Salmos 22. 11-18) – Não te distancieis de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. Muitos touros me cercam, fortes touros de basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me com água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; transpassaram-me as mãos e os pés, posso contar os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica deitam sortes. Tu, porém, não te afastes de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.

*Notas: Sobre (Gênesis 37. 35)
- Levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado, e disse: chorando, descerei a meu filho até à sepultura. E de fato o chorou seu pai.
SHEOL = Sepultura – Esta palavra é usada 55 vezes no A.T., Freqüentemente significam a sepultura, onde o corpo é colocado após a morte, (conf. Números 16. 30. 33; Salmos 16. 10). Pode também se referir ao lugar dos espíritos dos mortos, tanto dos justos (como aqui) quanto dos ímpios (conf. Provérbios 9. 18).

[Pv 9. 18] “Ele, porém, não sabe que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno”.

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