A
RESSURREIÇÃO
Adaptação
Pr. João Lopes Amaral
[1 Co 15. 35] “Mas alguém dirá: Como
ressuscitarão os mortos? E com que corpo virá?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina
fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus de ressuscitar dentre os
mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito dos quais esse corpo
esteve separado entre a morte e a ressurreição.
A Bíblia revela pelo menos três razões
porque a ressurreição do corpo é necessária.
a. O corpo é parte essencial da total
personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo, por conseguinte,
a redenção que Cristo oferece, abrange a pessoa total, inclusive o corpo
(Romanos 8. 18-25).
b. O corpo é o templo do Espírito Santo
(Romanos 6. 19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito.
c. Para desfazer o resultado do pecado em
todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilada pela ressurreição (Romanos
15. 25).
2. TANTO AS ESCRITURAS DO ANTIGO TESTAMENTO
(conf. Hebreus 11. 17-19); como Gênesis 22. 1-4; Salmos 16. 10, como Atos 2.
24; Jó 19. 25-27; Isaías 26. 19; Daniel 12. 2; Oséias 13. 14) como as
Escrituras do Novo Testamento (conf. Lucas 14.1 3-14; 20. 35-36; João 5. 21,
28-29; 6. 39-40, 44, 54; 1 Coríntios 15. 22-23; Filipenses 3. 11; I
Tessalonicenses 4. 14-16; Apocalipse 20. 4-6, 13), ensinam a ressurreição
futura do corpo.
3. NOSSA RESSURREIÇÃO CORPORAL ESTÁ
GARANTIDA PELA RESSURREIÇÃO DE CRISTO (ver Mateus 28. 6 *nota; Atos 17. 31; 1
Coríntios 15. 12, 20-23)
4. EM TERMOS GERAIS, o corpo ressurreto do
crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor Jesus Cristo
(Romanos 8. 29; 1 Coríntios 15. 20, 42-44, 49; Filipenses 3. 20-21; 1 João 3.
2). Mais especificamente o corpo ressurreto será:
(a) Um corpo que terá continuidade e
identidade com o corpo atual e, que, portanto, será reconhecível (Lucas 16.
19-31);
(b) Um corpo transformado em corpo
celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (1 Coríntios 15. 42-44,
47-48; Apocalipse 21. 1);
(c) Um corpo imperecível, não sujeito a
deteriorização e à morte (1 Coríntios 15 .42);
(d) Um corpo glorificado, como o de Cristo
(1 Coríntios 15. 43; Filipenses 3. 20-21);
(e) Um corpo poderoso, não sujeito às
enfermidades, nem a fraqueza (1Coríntios 14. 43);
(f) Um corpo espiritual (ex. Não natural,
mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lucas 24. 31; João 20.
19; 1 Coríntios 15. 44);
(g) Um corpo capaz de comer e beber (Lucas
14. 15; 22. 16-18, 30; 24. 43; Atos 10. 41).
5. QUANDO OS CRENTES RECEBEREM SEU NOVO
CORPO SE REVESTIRÁ DA IMORTALIDADE (1 Coríntios 15. 43). As Escrituras indicam
pelo menos três propósitos nisso:
a).
Para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano
quando o criou (conf. 1 Coríntios 2. 9);
b).
Para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele
quer que eles o conheçam (João 17. 13)
c).
Afim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (João
3. 16; Efésios 2. 7; 1 João 4. 8-15).
6. OS FIÉIS QUE ESTIVEREM VIVOS NA VOLTA DE
CRISTO, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que
morrerem em Cristo antes do dia da Ressurreição deles (1 Coríntios 15. 51-54).
Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de
Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física (ver apostila O ARREBATAMENTO
DA IGREJA).
7. JESUS FALA DE UMA RESSURREIÇÃO DA VIDA
PARA CRENTE, e de uma ressurreição de juízo para o ímpio (João 5. 28-29).
[Romanos
8. 18-25] “Porque para mim tenho por certo que as
aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há
de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação
dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua
vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura
será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos
de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de
parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do
Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção
do nosso corpo. Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê
não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?”
*Nota:
-
Uma declaração da esperança cristã e do modo pelo qual ela afeta o indivíduo
(v18) e toda a criação (vss19-25). Compare com 2 Coríntios 4. 17). Por esta
causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos
lembrará o meu caminho em Cristo Jesus, como em toda a parte ensino em cada
igreja.
Romanos
8. 19 – A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de
Deus. Pois, a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por
causa daquele que a sujeitou.
*Nota:
Está
sujeita à vaidade. Depois que Adão pecou, Deus foi “obrigado” a sujeitar a
criação à vaidade para que o homem, em sua condição pecaminosa, pudesse reter
certa medida de domínio sobre a criação. Arrastada para o mal com a queda do
homem, ela será emancipada quando a humanidade (os salvos) receber a plenitude
de sua adoção de filhos (vs23). Na esperança de que a própria criação será
redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de
Deus. Porque Sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias
até a fora. E não somente ela, mas também nós que temos as primícias do
Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a
redenção de nosso corpo. Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que
se vê não esperança, pois, o que alguém vê não é como espera? Mas se esperamos
o que não vemos, com paciência o aguardamos. (vs26) – Também o Espírito, semelhantemente
nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis.
d). 2ª razão
porque a ressurreição do corpo é necessária: O corpo é o templo do Espírito
Santo (1 Coríntios 3. 16) – Não sabeis que sois Santuário de Deus e que o
Espírito de Deus habita em vós? (1 Coríntios 6. 19) - Acaso não sabeis que o vosso corpo é
santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes ela parte de Deus e
que não sois de vós mesmos?
e).
Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas (1 Coríntios 15. 26).
Porque aprouve a Macedônia e a Acaia levantar uma coleta em benefício dos
pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.
*2 TANTO AS ESCRITURAS DO ANTIGO TESTAMENTO
(conf. Hebreus 11. 17-19)
Pela fé Abraão, quando posto à prova,
ofereceu Isaque; estava a ponto de sacrificar o seu unigênito aquele que
acolheu alegremente as promessas. A quem se havia dito: Em Isaque será chamada
a tua descendência; Porque considerou que Deus era poderoso até para
ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente o recobrou
[Gênesis 22. 1] “E aconteceu,
depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele
disse: Eis-me aqui.”
[Gênesis 22. 2] “E disse: Toma agora
o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá;
e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.”
[Gênesis 22. 3] “Então, se levantou
Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois
de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e
levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.”
[Gênesis 22. 4] “Ao terceiro dia,
levantou Abraão os seus olhos e viu o lugar de longe.”
*Notas:
Pôs Deus Abraão à prova. Deus a ninguém
tenta com o mal (veja nota sobre Tiago 1. 13) mas em certas circunstâncias Ele
nos prova em teste como a fez acontecer aqui, com Abraão.
(Gn 22. 2) – Sacrifícios humanos eram
praticados (embora não pelos piedosos)
no (A.T), e Abraão certamente estava familiarizado com a prática desde a
Mesopotâmia. A intenção de Deus aqui era verificar se Abraão O amava mais que a
Isaque, e testar Abraão em sua fé quanto a promessa sobre seus descendentes.
Moriá era uma região que incluía as colinas
onde, mais tarde, Salomão construiria Seu templo em Jerusalém (veja 2 Crônicas
3. 1). A viagem era cerca de 80 km.
(Salmos 16. 10 – com Atos 2. 24)
A ti me entreguei desde o meu nascimento;
desde o ventre da minha mãe, tu és meu Deus.
Salmos 22. Neste salmo de lamento, Davi
expressa sua confiança em Deus (vs3-5; 9-10) a despeito de sua aparente
rejeição por Ele (vs1-2) e pelos homens (vs6-8), pela ajuda e o livramento de
Deus (vs11,19-21) em face dos ataques dos inimigos (vs11-18), resolve
confiadamente louvar a Deus (Salmos 22. 25) convidam outros a se reunirem a ele
no louvor (vs23,26) porque Deus ouviu sua oração (v24) e prediz a futura
adoração mundial ao Senhor (vs27-31). Este salmo é típico-profeticamente
messiânico (veja nota sobre Salmos 16. 8) e é um dos Salmos mais citados no
Novo Testamento.
[Salmos 16 .8) – Ó Senhor tenho-O sempre à
minha presença; estando Ele à minha direita não serei abalado. Alegra-se pois o
meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro. Pois,
não deixará a minha alma na morte, Enem permitirás que o teu santo veja
corrupção.
*Nota: 16: 8-10
Estes versículos são citados pro Pedro em
(Atos 2. 25-28, 31) e o versículo 10 são citados por Paulo em (Atos 13 .35),
como referência à ressurreição de Cristo, à minha direita (v8). A posição
apropriada para um protetor ou defensor.
A linguagem aqui utilizada (denominada
típico-profeticamente-messiânica) refere-se inicialmente à experiência do
próprio salmista, mas tem seu cumprimento definitivo exclusivamente em Jesus
Cristo (veja ainda Salmos 22. 11-18). Assim, a linguagem hiperbólica de Davi no
tocante ao seu livramento da morte, ou mais provavelmente quanto à sua futura
ressurreição, tem seu pleno cumprimento literal na libertação que Cristo
experimentou da morte, através da ressurreição, pois somente Cristo não
experimentou corrupção. Morte (v10) Lit., Sheol, indicando aqui, a sepultura
(veja a nota sobre gênesis 37+ 35).
Salmos 22. 11-18) – Não te distancieis de
mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. Muitos touros me
cercam, fortes touros de basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o
leão que despedaça e ruge. Derramei-me com água, e todos os meus ossos se
desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim.
Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da
boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores
me rodeia; transpassaram-me as mãos e os pés, posso contar os meus ossos; eles
me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes, e
sobre a minha túnica deitam sortes. Tu, porém, não te afastes de mim. Força
minha, apressa-te em socorrer-me.
*Notas: Sobre (Gênesis 37. 35)
- Levantaram-se todos os seus filhos e
todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado, e
disse: chorando, descerei a meu filho até à sepultura. E de fato o chorou seu
pai.
SHEOL = Sepultura – Esta palavra é usada 55
vezes no A.T., Freqüentemente significam a sepultura, onde o corpo é colocado
após a morte, (conf. Números 16. 30. 33; Salmos 16. 10). Pode também se referir
ao lugar dos espíritos dos mortos, tanto dos justos (como aqui) quanto dos
ímpios (conf. Provérbios 9. 18).
[Pv 9. 18] “Ele, porém, não sabe que ali
estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno”.
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