O TABERNÁCULO
NO DESERTO
FOTOGRAFIA DETALHADA
DE
JESUS CRISTO
Adaptação
Pr. João Lopes Amaral
O TABERNÁCULO NO
DESERTO
O
Tabernáculo no deserto é segundo alguns, a mais singular construção que já
existiu na face da terra. Mais de um terço do livro de Êxodo (do capítulo 25 a
40) está dedicado a construção do Tabernáculo.
Mais de
cinqüenta capítulos da bíblia são dedicados ao assunto tanto no AT como no NT,
sejam por inteiros ou em partes descrevem esta pequena tenda. E era uma pequena
tenda se comparada às tendas em que alguns israelitas viviam ao redor dela.
O
Tabernáculo no deserto constituiu o centro de toda vida pessoal, social,
política e religiosa do povo de Deus. Durante sua peregrinação em direção a
Terra Prometida.
Para entendermos a singularidade desta construção
precisamos voltar no tempo até a criação, quando Deus criou Adão e Eva. Deus
habitava com sua criação, ele viria a cada dia e habitaria com eles, mas o
pecado entrou em cena e separou o homem da presença de Deus. Por várias vezes,
através das gerações seguintes, Deus tentou restabelecer essa comunicação, para
que o homem pudesse habitar em Sua presença, mas o pecado sempre manteve
sua criação preciosa separada de Deus.
As cores e as figuras sempre têm
na Bíblia um significado específico.
Sempre que fala em: Sr refere a:
- Bronze
ou Cruz - Juízo
- Branco - santidade
- Prata
- Redenção
- Azul ou
Violeta
- Céus
- Vermelho
ou Carmesim - sangue
- Púrpura
- Realeza
- Madeira
ou Linho Fino - Humanidade
- Ouro
- Divindade
- Nuvem
- Presença de Deus
- Fogo
- Poder de Deus
- Perdão
- Passado
- Limpeza
- Presente
- Justificação
- Futuro
- Número
10
- Totalidade
- Número
6
- Homem
- Número
7
- Perfeição => Deus
Quando Deus
enviou Moises para libertar o seu povo do Egito, também deu a eles duas coisas
importantes:
· Um sistema de leis
· As instruções para a construção de um Tabernáculo e
de um sacerdócio que faria a mediação entre eles e Deus.
Embora Deus
não possa ser contido, “Ele habitava ali no Tabernáculo”, no lugar santíssimo
se fazia presente, mas o que realmente Deus queria falar ao seu povo através
daquela tenda?
Deus prometeu que um dia a semente da mulher esmagaria a
cabeça da serpente. E durante a aliança Abraâmica, Deus continuou a prometer o
envio de um salvador, o Messias.
E era isso
que o Tabernáculo prefigurava através da singularidade daquela tenda. O Senhor
comunicou ao seu povo um lembrete diário, uma sombra das coisas vindouras. A
vinda e o ministério do Messias.
Em Hebreus 8.5 diz: “os quais servem àquilo que é
figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado,
quando estava para construir o Tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faze
conforme o modelo que no monte se te mostrou.”
Vemos que a
velha aliança nos dá a sombra, mas a nova aliança é a substância, ela é o
cumprimento.
Por isso João, ao escrever seu evangelho lembrou-se do
Tabernáculo no deserto, e como por cima dele pairava a nuvem de Gloria e a
coluna de fogo ou seja a presença de Deus e o poder de Deus.
O
Tabernáculo é uma tipologia, isto quer dizer que tudo nele, sua estrutura,
suas matérias, seus móveis e as especificações são uma “fotografia” do Messias.
Assim Deus consolidou a sua aliança com seu povo. Habitando
com eles e no meio deles. Paul Hoff comenta em seu livro o
Pentateuco: “Necessitava da presença de seu Deus com eles o que ocorreu
por meio do Tabernáculo. Isso separava Israel dos demais povos, e isso separa a
igreja dos demais povos da terra, pois Deus está conosco na pessoa do seu
Espírito”.
No
Tabernáculo também é revelado o sacerdócio e a vida do crente que está em
Cristo Jesus. A igreja é o corpo de Cristo e Ele é (o cabeça), nós estamos em
Cristo e Cristo em nós, onde a Gloria de Deus habita através do ministério do
Santo Espírito de Deus.
A palavra
nos ensina que todas as coisas foram feitas por ele e para Ele. O Tabernáculo
nos revela essa verdade, pois apresenta Deus como arquiteto e como o centro de
toda a vida de seu povo. Como arquiteto, pois Moises apenas fez uma cópia do
original da planta dada por Deus, e como Centro, pois tudo girava em torno do
Tabernáculo. Assim também será no governo do messias em sua volta com os
santos.
Podemos dividir os
estudos sobre o Tabernáculo da seguinte forma:
1. As ofertas para construção;
2. A estrutura;
3. Os utensílios;
4. O sacerdócio.
As ofertas para
construção do Tabernáculo
Quando
Israel saiu do Egito o povo saiu como vencedor e levou com ele todos os bens
que lhe eram devidos. Possibilitando mesmo no deserto que pudessem ofertar ao
Senhor.
“Moisés, porém, disse: Tu também nos tens de dar nas mãos
sacrifícios e holocaustos, para que possamos oferecer sacrifícios ao Senhor
nosso Deus. “E também o nosso gado há de ir conosco; nem uma unha ficará;
porque dele havemos de tomar para servir ao Senhor nosso Deus; porque não
sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.” [Ex 8. 25,26]
Quando Deus ordenou que Moisés pedisse ao povo a oferta para construção do
Tabernáculo, todos se mobilizaram e ofertou tudo o que era necessário. Dar
(ofertar) com alegria a Deus é o primeiro principio que encontramos no
Tabernáculo, pois é prova de amor ao Senhor e ao próximo. Um ato voluntário de
amor, sem peso, mas com grande alegria, por que amamos ao Senhor, e por que
queremos o bem do nosso próximo. A palavra nos diz que se não amamos o que
vemos o que dirá o que não vemos. Por isso como diz o profeta
Isaías: “proclame o jejum aceitável ao Senhor”. E o Apóstolo Paulo
nos exorta que Deus ama ao que dá com alegria. É uma obra da graça, uma ação do
Espírito de Deus em nós.
Cada item pedido por Deus tem um significado, um fim específico. O nosso Deus é
um Deus de propósitos. E através de cada item requerido o Senhor ensinaria,
figuradamente a grandeza de seu relacionamento com o seu povo.
As ofertas eram
compostas de:
1. Ouro – que representa a Glória de Deus.
2. Prata – que representa o preço pelo resgate, o
sangue do cordeiro, no AT a prata tinha um significado muito especial, não
apenas para o comércio em geral, mas também para atos religiosos. Por exemplo
todo primogênito do povo pertencia ao Senhor e a família deveria pagar o preço
pelo resgate em prata. Cada sacrifício em resgate por uma ofensa tinha seu
valor pago em prata.Lv5:15 Os votos ao Senhor tinham de ser resgatados com
prata. Lv27:1-8 e assim por diante.
3. O bronze – Deus usou o bronze, talvez o cobre para
falar sobre o juízo divino contra o pecado.
4. A madeira - que representa de forma geral a vida.
5. Pedras preciosas – foram usadas nas estolas
sacerdotais e representaram às doze tribos de Israel são elas: rubi; topázio;
granada; esmeralda; safira; diamante; turquesa; ágata; ametista; berilo; ônix e
jaspe. E cada uma delas foi colocada em engaste de ouro, e também nos ombros.
6. Os tecidos – Da mesma forma Deus mandou que
trouxessem vários tipos de tecido. Cheios de significados especiais. As cores
apresentam o Senhor e os evangelhos:
(a) Púrpura –
cor da realeza. Apresenta Jesus como Rei, assim como no evangelho de Mateus.
(b) Carmesim –
lembra-nos do sangue, do sacrifício do servo do Senhor que viria e daria a vida
por muitos. É como no evangelho de marcos. O servo do Senhor.
(c) Linho
branco – fala-nos da pureza, da santidade de uma vida sem pecado,
perfeita. E como no evangelho de Lucas. Jesus o homem perfeito.
(d) Estofo
azul – o azul é a cor do céu nos lembra de Jesus como o Filho de Deus que
habitou entre nós, que “tabernaculou”, se fez carne. O Emanuel Deus conosco. É
apresentado assim no evangelho de João.
A capacitação dos Construtores
Homens foram escolhidos e cheios do Espírito Santo, de sabedoria e capacitação
para a construção do Tabernáculo. Faz-nos lembrar de Jesus como mestre, Ele
chama e capacita os escolhidos, discípula, delega e traz a multiplicação. Este
é um dos princípios do Reino de Deus.
“Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é
semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo; o
qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a
maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se
aninham nos seus ramos.”
[Mt 13. 31-32]
[Mt 13. 31-32]
O
Tabernáculo foi construído de dentro para fora, assim o Senhor Jesus faz a sua
obra no convertido, Ele transforma de dentro para fora.
Agora vamos analisar o simbolismo do Tabernáculo
propriamente dito. O Tabernáculo representa a presença de Deus, o Senhor
Jesus.
A ESTRUTURA DO
TABERNÁCULO
O ÁTRIO
Olhando de
longe, vemos apenas um cercado de cortinas de linho suspenso entre firmes
colunas de bronze, presas por ganchos e hastes de prata. Mesmo de longe se
avistava o teto da tenda, que do lado de dentro era coberta de peles. Os postes
que separavam o muro têm todo o simbolismo do ministério de Jesus.
O poste de
acácia significa o homem incorruptível, pois a Acácia é a única madeira
que não apodrece. Sinal de incorruptibilidade.
Em cima,
a cobertura de prata que significa o preço pago pelo nosso resgate.
Jesus o nosso redentor. Esta parte estava ligada por uma corda feita
de pele de cabrito, simbolizando o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,
a uma estaca de bronze que ficava fincada no chão com a metade para fora,
simbolizando que o cordeiro morreu e ressuscitou. Para os hebreus, seis é o
número do homem e dez é o número da responsabilidade. Eram sessenta postes,
isto significa que Jesus se fez homem e assumiu as nossas responsabilidades e
as cumpriu para com Deus. A base de bronze nos lembra do dia do
juízo, onde serão todos julgados. Que maravilha! Já do lado de fora do
Tabernáculo, temos todo o plano de salvação já exposto.
A PORTA
A porta do
Tabernáculo era conhecida como o caminho, e não havia outra porta. Este era o
único meio que homens e mulheres poderiam ter acesso ao átrio. Qualquer
israelita que se aproximava do Tabernáculo, fosse o sacerdote para ministrar ou
um israelita em busca do perdão trazendo o sacrifício, sabia que não havia
nenhuma outra maneira de alcançar o altar de bronze a não ser pela porta.
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e
entrará, e sairá, e achará pastagens.” [Jo 10. 9]
Jesus é a única porta, o caminho que nos leva a Deus. Todo
outro caminho leva a perdição eterna, Jesus é o único caminho.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.
Ninguém vem ao Pai senão por mim”. [Jo 14. 6]
A porta
estava do lado oriental por onde nasce o sol, representando Jesus a estrela da
manhã, e ao entrar em Jerusalém, Ele entrou pela porta oriental e é por ela que
o Senhor entrará novamente em Glória. A porta está aberta para todos.
As quatro colunas e as quatro cores da porta representam
os quatro evangelhos e os quatro evangelistas.
O ALTAR DO
HOLOCAUSTO
A primeira
coisa que era vista após passar pela porta era o altar de holocaustos. Era
feito de madeira de acácia e coberto de bronze. Media 1,35m de altura e 2,25m
de largura. E era nesse altar que se faziam as ofertas de sacrifício ou ofertas
queimadas.
A madeira de Acácia é muito resistente e de alta
qualidade, representando o melhor da humanidade, que é Cristo.
O bronze na
Bíblia fala do julgamento de Deus, particularmente Seu julgamento sobre nossas
palavras e pensamentos de rebeldia contra Ele, como em (Nn 16. 29-40 e Jd 11).
Visto que a madeira é recoberta com bronze, o Altar de Holocausto nos faz
lembrar do homem sob o julgamento de Deus, em virtude de nossas rebeliões
contra Ele. Sendo que a madeira é de acácia, isto fala de Jesus sofrendo
julgamento de Deus na cruz, em nosso lugar.
No Altar de
Holocausto o sacerdote sacrificava varias ofertas para Deus. Algumas ofertas
eram pelos seus próprios pecados e outras pelos pecados do povo. O alvo do
holocausto era que, por ele, a pessoa poderia se tornar aceita diante de Deus e
perdoada (Levítico 1. 4).
Para o
holocausto, um animal macho era sacrificado: um carneiro, um bode, um boi ou
uma rola (ou um pombinho) (Levítico 1. 13-17). A oferta deveria ser sem mancha
ou defeito, a mais saudável e a melhor disponível. Isto representa o Senhor
Jesus, que foi examinado por Poncio Pilatos, o qual declarou: "Não acho
nele crime algum" (João 18. 38). O sangue da oferta era derramado ao redor
da base do altar, prenunciando o Senhor Jesus, cujo precioso sangue foi
derramado quando, na cruz, o lado Dele foi traspassado pela lança de um soldado
Romano (João 19. 34; e 1 Pedro 1. 19).
A BACIA (OU
LAVATÓRIO) DE BRONZE
Ficava entre
o altar e o santuário. Em êxodo 38.8, lemos que a bacia foi feita dos espelhos
das mulheres. Elas haviam dado os seus espelhos para a obra de Deus. A Bíblia
não nos fala do seu tamanho ou de suas dimensões. Após entrar pela Porta do
Pátio Externo, os sacerdotes tinham que lavar as mãos e pés nesta Pia, antes de
entrar no Santuário, ou mesmo oferecer qualquer oferta ao Senhor no Altar de
Holocausto.
O Novo Testamento
fala do "lavar" em dois sentidos:
1. O Batismo (Atos 22. 16), que deve ser ministrado apenas
uma vez (quando Bíblico), e, logo após a conversão. (Atos 16. 31-33)
2. O lavar da água pela Palavra (Efésios 5. 26; João 13. 8-10;
15. 18), de acordo com o padrão de (Êxodo 29. 39) pelo menos duas vezes ao dia
(de manhã e de tarde).
Depois de
crer no Senhor Jesus e ter experimentado de que Ele é a Porta através da qual
nós entramos no Reino de Deus, nós devemos ir a Ele diariamente de forma
simples e sincera. Nós necessitamos ler a Palavra de Deus pela Bíblia para que
possamos viver por Ele (Mateus 4. 4) e confessar nossos pecados para Deus, pois
Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar (I João 1. 7-9). Quando
Deus perdoa, Ele esquece (Hebreus 8. 12). Esta é a experiência combinada da Pia
e do Altar de Holocausto. É importante ler a Bíblia, por que a Palavra de Deus
"lava" nossas "mãos" e "pés", especialmente da
sujeira do mundo que nos rodeia. Ela nos dá a visão de Deus da nossa conduta
diante do mundo e dos pensamentos das nossas mentes e corações (Gênesis 6. 5).
Quando (Efésios 5. 26) fala da lavagem da água, pela Palavra, a palavra no
Grego para lavagem é "Pia". Enquanto nós lemos Sua Palavra, o Senhor
ilumina nossos corações e fala conosco, principalmente em nossa consciência. De
acordo com o que Deus nos mostra, nós precisaremos confessar e pedir o perdão e
purificação dele. Somente assim estaremos qualificados para aproximar ao
Santuário. O efeito da lavagem (Pia) na Palavra é limpar: "Com que
purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua
palavra". [Salmo 119. 9]
A leitura resulta em nós na transformação da imagem de
Cristo.
O SANTO LUGAR
A COBERTURA
O
Tabernáculo tinha uma cobertura especial. Na verdade eram quatro coberturas.
1ª COBERTURA – Pele de animais
marinhos. [Ex 35. 23]
Muito usada no Egito, esse material era capaz de manter a
tenda com uma temperatura agradável e constante. Também tinha uma tonalidade
parecida com a do deserto, servindo como uma espécie de camuflagem. Ela nos
leva a pensar em Jesus que embora fosse Deus, cheio de glória e esplendor, veio
ao mundo em humildade, sem ostentação. Era a cobertura externa.
2ª
COBERTURA – Pele de carneiro, tingida de vermelho. (Ex 25. 5)
Abaixo da cobertura externa, havia a cobertura de pele de
carneiro tingida de vermelho. Estava ali para simbolizar que para entrar no
Tabernáculo (presença de Deus) era preciso haver derramamento de sangue.
O pecado nos afasta de Deus. O único meio de nos livrarmos
do pecado é a morte. Jesus derramou seu sangue na cruz em nosso favor, para nos
livrar da morte.
3ª
COBERTURA – Pele de cabra, branca. [Ex 36. 14-18]
Branco lembra pureza, santidade. Era composta por duas
partes. A parte menor cobria o lugar santíssimo e a maior o lugar santo. As
duas partes eram unidas por 50 prendedores de bronze.
Este simbolismo fala da morte e ressurreição de Jesus.
Quando nos identificamos com Ele renascemos em nova vida, através da morte para
o pecado, purificados do pecado e aceitáveis à presença de Deus.
4ª
COBERTURA - Tecido de quatro cores intercaladas e querubins bordados.
A cobertura bordada com Querubins era a cobertura do
interior do Santuário. Era esta cobertura que formava o verdadeiro Tabernáculo
no sentido específico de
(Êxodo 26.1). A cobertura bordada com Querubins também formava o teto do Tabernáculo, olhando do interior do Santuário. Desde que a maior parte da bordadura ficava suspensa sobre as paredes externas das tábuas, o que era visível de dentro era apenas uma pequena parte delas. Para começar tinham 10 cortinas individuais medindo aproximadamente 13 metros por 2 metros. Cinco cortinas foram enlaçadas uma a outra. Outras cinco cortinas também foram enlaçadas uma à outra. Então as 2 x 5 cortinas eram presas umas as outras com cinqüenta colchetes de ouro formando assim uma enorme bordadura de 13 metros de largura e quase 19 metros de comprimento. O livro de Êxodo não nos mostra o padrão preciso da bordadura, mas nos é dito que as cores eram: azul, púrpura, carmesim, e branca (a cor do linho retorcido) com motivos de Querubins. (Êxodo 26. 1)
(Êxodo 26.1). A cobertura bordada com Querubins também formava o teto do Tabernáculo, olhando do interior do Santuário. Desde que a maior parte da bordadura ficava suspensa sobre as paredes externas das tábuas, o que era visível de dentro era apenas uma pequena parte delas. Para começar tinham 10 cortinas individuais medindo aproximadamente 13 metros por 2 metros. Cinco cortinas foram enlaçadas uma a outra. Outras cinco cortinas também foram enlaçadas uma à outra. Então as 2 x 5 cortinas eram presas umas as outras com cinqüenta colchetes de ouro formando assim uma enorme bordadura de 13 metros de largura e quase 19 metros de comprimento. O livro de Êxodo não nos mostra o padrão preciso da bordadura, mas nos é dito que as cores eram: azul, púrpura, carmesim, e branca (a cor do linho retorcido) com motivos de Querubins. (Êxodo 26. 1)
Estas cores
não são novas para nós. Nós as temos visto na Porta do Pátio Externo e
novamente na Porta do Santuário; elas também aparecem no Véu, a "porta"
de entrada do Santo dos Santos. Elas falam da salvação, da ministração e da
mediação de Cristo. E a Sua santidade demonstrada nos quatro evangelhos.
AS TÁBUAS
Sendo o
Tabernáculo um templo desmontável, suas paredes eram de tábuas. Cada tábua media
aproximadamente 4,50m por 70 cm, e todas foram revestidas de ouro. Ficavam 20
tábuas de cada lado e oito delas ao fundo.
A madeira
nos lembra da vida humana e o ouro, a glória de Deus. É preciso que o velho
homem seja transformado e revestido de uma nova natureza – a natureza divina.
Cada tábua
era sustentada por duas bases de prata de igual tamanho e peso. A prata
representa resgate, e o preço do nosso resgate foi o sangue de Jesus. Só
permaneceremos em pé, firmes se as nossas vidas estiverem firmadas em Jesus.
Cada tábua
também tinha fixada em si, quatro argolas de ouro. Duas em cima e duas em
baixo, para que se passassem quatro varões folheados a ouro que serviria para
unir uma vara à outra. Isso nos leva a pensar na igreja. Cada membro apoiando o
outro nos momentos de crise. Essas varas simbolizam comunhão e mutualidade.
Havia ainda
uma 5ª vara, interna que unia todas as tábuas. Esta vara passava por dentro das
tábuas, de maneira que nem por dentro, nem por fora ela podia ser vista. Unia
uma tábua à outra como se fosse uma parede, assim como o Espírito Santo na vida
daqueles que pertencem ao Senhor. O Espírito Santo nos torna um só corpo.
A MESA COM OS PÃES
Ao entrar no
lugar santo a primeira mobília pelo qual o sacerdote iria passar era a mesa com
os pães. A Mesa dos Pães era colocada do lado direito da porta de entrada do
Lugar Santo, defronte do castiçal, no lado norte, bem próxima a madeira
revestida de ouro, que era uma das laterais do Santuário. Ela não era muito
grande, aproximadamente 88cm de comprimento, 44 cm de largura e 66cm de altura.
Ela foi feita de madeira de acácia recoberta de ouro, similar às tábuas que
formam as paredes do Santuário, que fala das duas naturezas de Cristo, ou seja,
Ele nasceu de Maria, como genuíno ser humano, mas foi concebido pelo Espírito
Santo, sendo chamado Filho de Deus (Lucas 1. 35).
Verdadeiramente
homem, revestido de Deus. Em seu contorno havia um beiral de ouro puro, que
servia como enfeite. Nesse beiral foram fixadas quatro argolas de ouro, por
onde passavam cabos confeccionados com madeira de acácia e revestidos de ouro,
quando a mesa tivesse que ser transportada.
Sobre a mesa
havia duas bandejas e dois pratos grandes, onde eram colocados os pães. Os doze
pães simbolizavam as tribos de Israel, que se beneficiariam do resultado do
ritual. Também simbolizavam fortalecimento para Israel, fortalecimento para a
liderança e fortalecimento para o cristão. Ao lado de cada pilha de pães, havia
uma taça com incenso puro, como oferta ao Senhor. Aos sábados os pães eram
renovados (trocados) e o incenso era queimado como oferta ao Senhor.
Os pães sem
fermento nos lembram do Senhor Jesus dizendo: "Eu sou o pão da vida;
aquele que vem a Mim não terá fome". [João 6. 35] Esta ilimitada fonte de
alimento celestial, fresco a cada semana, é para ser a porção dos sacerdotes
sob a luz do Castiçal (Colossenses 1. 12). Todo dia nós necessitamos vir a Ele
(João 6. 37), ver o Filho e crer Nele (João 6. 40). Ele é o Pão vivo que desceu
do céu para nos dar Sua vida, vida em nós (João 6. 51, 53). Esta vida é
produzida em nós, primeiramente, pelo Espírito que dá vida (João 6. 63) e
depois pela palavra de vida eterna (João 6. 68).
O Pão é
também chamado de o Pão da Presença. Para comer de Cristo como o Pão da Vida,
nós (os sacerdotes) devemos estar na presença de Deus, que é Espírito
(João 4. 24). O Pão é para todos os sacerdotes, em comunhão uns com os outros na presença de Deus.
(João 4. 24). O Pão é para todos os sacerdotes, em comunhão uns com os outros na presença de Deus.
O CANDELABRO
O
candelabro era uma peça única, feito de ouro puro e batido. Ele era colocado do
lado esquerdo do Lugar Santo, o lado sul. O Livro de Êxodo não fala de suas
dimensões ou de seu formato, mas nós sabemos que ele tinha hastes, e cálices em
formato de amêndoas em flor. O candelabro, então, era parecido com uma árvore
de ouro. O candelabro estava permanentemente aceso, para iluminar o Lugar
Santo. "Ali estava à luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao
mundo". [João 1. 9]
O castiçal
era necessário, porque os sacerdotes de Deus tinham necessidade de luz. E nós a
temos em Cristo. Só Jesus é a “luz do mundo” e só quem O segue “terá a luz da
vida”. A figura do candelabro aponta para a pessoa de Jesus. Então, o
candelabro aponta-nos para Jesus Cristo, a luz de todo mundo.
Os
sacerdotes eram responsáveis, pela manhã e a tarde, de manter as sete lâmpadas
cheias de óleo e com os pavios aparados. Jesus disse: "Eu sou a Luz do
mundo; quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8.
12).
O ÓLEO DA UNÇÃO
No antigo
testamento o óleo representava a presença de Deus. A unção era um sinal da
presença de Deus sobre os objetos e sobre o sacerdote. Por isso todos aqueles
que iriam trabalhar no ofício de sacerdotes e todos os objetos do serviço ao
Senhor eram ungidos com um óleo especial que era feito de óleo de oliveira
puríssimo e especiarias aromáticas muito finas. O óleo simboliza o Espírito
Santo de Deus. Vários autores do novo testamento verão no óleo o Espírito da
verdade que capacita os filhos de Deus a entender os ensinamentos de Jesus e os
prepara para fazer toda a obra.
O ALTAR DO INCENSO
O Altar de
Incenso era feito de madeira de acácia recoberto com ouro. Ele estava
localizado em frente ao Véu, a cortina que separava o Lugar Santo do Santo dos
Santos, isto porque o ministério da intercessão estava diretamente ligado à
pessoa de Deus. Ele era quadrado: com aproximadamente 45 cm de largura, 45 cm
de comprimento e, 90 cm de altura.
O sacerdote
tinha que queimar incenso neste altar pela manhã e a tarde
(Êxodo 30. 7-8), como incenso perpétuo perante o Senhor. Ali era o local das intercessões pelo povo de Deus, tendo na fumaça aromática do incenso um símbolo das orações feitas ao senhor. Somente o sacerdote tinha permissão de queimar incenso ao senhor, e não podia ser qualquer incenso.
(Êxodo 30. 7-8), como incenso perpétuo perante o Senhor. Ali era o local das intercessões pelo povo de Deus, tendo na fumaça aromática do incenso um símbolo das orações feitas ao senhor. Somente o sacerdote tinha permissão de queimar incenso ao senhor, e não podia ser qualquer incenso.
O incenso
era feito de uma fórmula dada por Deus a Moisés e Arão, de maneira que seu uso
era exclusivo para o serviço de Deus.
Seus ingredientes eram estoraque, onicha, galbano, incenso
puro e sal puro.
Nas quatro pontas do altar havia quatro elevações,
chifres, que simbolizam na Bíblia poder. Se no altar do holocausto os chifres
enfatizam o “poder do sangue”, no altar do incenso os chifres proclamam o
“poder da oração”.
O ministério
de Jesus não se resumiu apenas em curar e ensinar as pessoas, mas foi também um
serviço a Deus Pai, através do Seu modo de viver e da Sua vida de oração.
(Marcos 1. 32-35) Antes de escolher Seus doze discípulos, Jesus passou a noite
inteira em "...oração a Deus." (Lucas 6. 12) Sua admoestação
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;..." e Sua
observação, com respeito à oração, "...Na verdade, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26.
41) Vem de Alguém que claramente está qualificado para fazer tais observações. (Hebreus
2. 14,18)
Aqui no
Lugar Santo, tudo simboliza vida, alimento, luz e incenso aromático. Portanto,
no Pátio Externo "Vemos ... aquele Jesus que fora feito um pouco menor do
que os anjos, por causa da paixão da morte", mas na Mesa dos Pães (e no
Altar de Incenso) no Lugar Santo, nós vemos Jesus "coroado de glória e de
honra". [Hebreus 2. 9]
O VÉU
O véu
fechava o acesso ao santo dos santos, ou seja, fechava o acesso à presença de
Deus. Somente o sumo sacerdote podia uma vez ao ano, no dia da expiação,
entrar no santo dos santos para levar o sangue do sacrifício pelos pecados do
povo.
Feito de
linho fino torcido nas cores branco, azul, vermelho e roxo, era bordado com
querubins. A cor branca, simbolizando a pureza e a perfeição de Jesus, o azul
simbolizando sua origem celestial, o roxo, a realeza de Jesus que veio
implantar seu reino e o vermelho revela a encarnação de Jesus e o plano de Deus
para redimir o homem.
O véu era
pendurado com ganchos de ouro que por sua vez eram pendurados em quatro colunas
de madeira de acácia revestidas de ouro, que simbolizavam a natureza da pessoa
de Jesus, que era Deus e homem ao mesmo tempo. E deixou de lado seus direitos e
poderes para morrer por nós e se tornar nosso exemplo. Cada coluna tinha uma
base de prata e media aproximadamente 4,60m.
O véu era a barreira visível para o acesso à presença de
Deus. Foi o sacrifício de Cristo na cruz que possibilitou que tivéssemos acesso
à presença do Pai. Quando Cristo morreu na cruz o véu do Templo se rasgou.
Atenção: “o véu que separava o Lugar Santo
do Santo dos Santos ficou rasgado ao meio. Este era um símbolo de que através
da oferta sacrificial do Cordeiro de Deus o caminho ficou aberto para que cada
pecador, arrependido e crendo no sacrifício de Cristo, entrasse na comunhão
íntima com um Deus santo, sem a necessidade de mais ofertas pelo pecado. Foi um
simbolismo apontando para o fato de que o templo e todo o sistema cerimonial
antigo não eram mais necessários. A Velha Dispensação deu lugar à Nova
Dispensação. Note ainda que o texto nos diz que o véu foi rasgado de cima para
baixo. Isso nos mostra que a morte de Jesus foi iniciativa de Deus e não de
qualquer homem. Ainda que Jesus condenado por Pilatos, e sofrido conspiração da
liderança judaica ao seu tempo, Ele morreu porque Deus planejara (Jo 10. 17-18)”.
Pedro confirma essa verdade em seu sermão em Jerusalém quando afirma que Jesus
foi "entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus". [Atos
2. 23]
O SANTO DOS SANTOS
OU SANTÍSSIMO LUGAR
A ARCA E O
PROPICIATÓRIO
A Arca da
Aliança ficava no Santo dos Santos, na parte dos fundos do Tabernáculo. O
acesso só era permitido uma vez por ano, no Dia da Expiação (Yom Kippur). Este
acesso era restrito a uma pessoa, o sumo sacerdote.
Ele deveria
entrar no Santo dos Santos trazendo o sangue de um bode, oferecido em favor dele
mesmo e dos pecados do povo de Israel. A Arca por si só era uma pequena caixa,
feita de madeira de acácia e recoberta de ouro.
Suas medidas
aproximadas eram: 1,15 metros de comprimento, 0,7 metros de largura e 0,7
metros de altura. Ela era carregada por meio de duas barras longas, feitas de
madeira de acácia e também recoberta de ouro.
Ela
simbolizava a direção de Deus na vida do povo, simbolizava o poder de Deus no
meio do povo, e simbolizava a pureza e a santidade de Deus entre o povo. A Arca
era o trono de Deus em Seu lugar de habitação no Tabernáculo.
Em cima dela
havia uma tampa de ouro, formada por uma única peça chamada propiciatório. Era
aqui que o sangue do bode era aspergido pelo sumo sacerdote no dia da Expiação,
para aplacar a justa ira de Deus (propiciação) contra os pecados do povo de
Israel.
Nas
extremidades do propiciatório havia dois Querubins de ouro maciço, estendendo
cada um, uma das asas sobre o propiciatório e olhando para dentro dele. Não nos
é dito que Deus se fazia presente dentro da Arca, mas sobre a Arca e no meio
dos Querubins. Ali Deus habitava "na luz inacessível" (I Timóteo 6. 16,
Salmo 104. 2).
Os dois
Querubins no propiciatório representam a glória de Deus
(Hebreus 9. 5). Dentro da arca ficavam depositados três importantíssimos itens na história de Israel:
(Hebreus 9. 5). Dentro da arca ficavam depositados três importantíssimos itens na história de Israel:
1. As duas tábuas da Lei;
2. A vara de Aarão que floresceu;
3. O pote de ouro com maná "escondido".
Estes três
itens juntos formavam o testemunho, por conseguinte a Arca é chamada a Arca do
Testemunho.
1. AS TÁBUAS DA LEI
Os dez
mandamentos foram escritos nestas duas tábuas de pedra, pelo dedo de Deus, no
monte Sinai. As tábuas de pedra também eram chamadas de tábuas do testemunho
(Êxodo 31. 18), pois nos mostram os atributos de Deus como sendo: zeloso,
cuidadoso, fiel e verdadeiro. Ele é santo e justo. Os dez mandamentos nas duas
tábuas de pedras são a base da aliança de Deus com os filhos de Israel (Êxodo
19. 5-7). Eles estipulam quais são os justos requerimentos da lei.
Em razão de
os filhos de Israel não cumprirem a parte deles neste concerto (visto que eram
impossível, Romanos 8. 3), Deus prometeu fazer uma nova aliança, "Não
conforme a aliança que fiz com seus pais,...... porque eles invalidaram a minha
aliança, apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR”. [Jeremias 31. 32]
"Mas esta é a aliança que farei com a casa
de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu
interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo. Esta é a Nova Aliança que Jesus confirmou com o Seu sangue. [Lucas 22.
20]
O (Salmo 40.
7-8) é uma profecia sobre o Messias: "Então disse: Eis aqui venho; no rolo
do livro de mim está escrito. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó
Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração." Em
cumprimento: "Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da
lei,..." [Gálatas 4. 4, 5ª] Jesus cumpriu a lei de Deus, amando-O de todo
Seu coração e ao seu próximo como a Ele mesmo. Isto fica bem claro nos quatro
evangelhos. Deleitando-se em fazer a vontade de Deus (João 4. 34; 5. 30; 6. 38),
Jesus tinha a lei de Deus (as dez "Palavras" de Deus) em seu coração,
como a Arca da Aliança guardava as tábuas do testemunho. A Palavra de Deus se
fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade (realidade no Grego)
(João 1. 14). Através da morte de Cristo na cruz, como um sacrifício perfeito,
nós somos perdoados dos pecados cometidos sob a lei e remidos da sua escravidão.
Deus mesmo
se responsabiliza por escrever sua lei em nossos corações e incuti-la em nosso
entendimento, quando envia aos nossos corações o Espírito de seu Filho (Gálatas
4. 6, Hebreus 8. 10-12). Desde então, uma obra vivificadora ocorre em nosso homem
interior, "Cristo, que é a nossa vida" (Colossenses 3. 4),
"Cristo seja formado em vós" (Gálatas 4. 19), o que resultará no
mínimo no mesmo testemunho de Deus quanto os dez mandamentos. A nação de Israel
quebrou a velha aliança, e nós ainda fazemos o mesmo, tentando guardar a lei
através de nossos próprios esforços. Na Nova Aliança, Deus se responsabiliza
por escrever suas leis em nosso entendimento através de seu Espírito (Romanos 8.
4, Ezequiel 36. 25-28), visto que nós andemos em Espírito.
2. A VARA DE
ARÃO QUE FLORESCEU
A vara de
Aarão que floresceu foi um sinal contínuo de que Deus o escolhera como
sacerdote (Números 17. 5). Mas o sacerdócio de Aarão foi interrompido pela sua
morte. O Senhor Jesus Cristo, no entanto, tem um sacerdócio constituído
segundo a virtude da vida incorruptível (Hebreus 7. 16). Ele pode salvar
perfeitamente os que por ele se achegam a Deus. (Hebreus 7. 25) A vara de Arão
simboliza então a ressurreição e a vida. Foi a vara de Arão que depois de morta
veio a florescer.
3. O POTE DE
OUTRO COM MANÁ “ESCONDIDO”
Maná era o
alimento que descia de Deus diariamente para sustento dos Israelitas no deserto
durante os quarenta anos da jornada para Canaã. A maneira que ele era enviado
exigia da nação de Israel o desenvolvimento de autodisciplina. O maná somente
chegava de manha cedo com o orvalho (Êxodo 16. 13-14). Quando o sol surgiu, ele
teria evaporado (Êxodo 16. 21). O maná tinha de ser colhida diariamente,
qualquer sobra criava bichos e cheirava mal (Êxodo 16. 20), e eles deveriam
colher uma porção dobrada no sexto dia, pois não seria enviado no sábado
(Êxodo 16. 22-27). Era chamado Maná, porque em Hebraico isto quer dizer: o que é isso? Parecia semente de coentro e seu sabor era como bolos de mel (Êxodo 16. 31).
(Êxodo 16. 22-27). Era chamado Maná, porque em Hebraico isto quer dizer: o que é isso? Parecia semente de coentro e seu sabor era como bolos de mel (Êxodo 16. 31).
O Senhor ordenou
a Moisés para que enchesse um ômer com Maná e o guardasse como memorial para as
gerações futuras, para que vissem como Deus alimentou os Israelitas no deserto
(Êxodo 16. 32-33). Este é o Pote de Ouro com Maná "escondido", que
ficava no Tabernáculo (Apocalipse 2. 17).
Agora, é óbvio que se o Maná fosse guardado por mais de um
dia, ou dois (se fosse no sábado), ele criaria bichos e cheiraria mal. Porque
então guardá-lo como memorial para as futuras gerações?
A chave da
resposta é o Pote de Ouro. O Pote de Ouro iria durar para sempre. Ele era
redondo, indicando a eternidade, e de ouro, indicando ser de Deus, divino. O
Pote de Ouro indica vida eterna. Nossa vida necessita estar "escondida com
Cristo em Deus" (Colossenses 3:3) e nós necessitamos conhecer
"Cristo, que é a nossa vida", vida eterna (Colossenses 3. 4).
O Maná escondido foi um memorial de como Deus sustentou Seu povo em uma
situação impossível.
Cristo é
real, e disponível para todas as pessoas em qualquer idade ou em qualquer
circunstância. A questão é: O quanto Ele significa para nós? O que fazemos
enquanto desfrutamos de tempo e energia para servi-lo? Também quando nós
passamos por apertos e Ele nos socorre, experimentamos seu suprimento de vida
nestas ocasiões, é bom termos um memorial para as futuras situações. A oração
de Jesus: "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único
Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". [João 17. 3]
O SUMO SACERDOTE
O sumo
sacerdote era responsável pelo Tabernáculo, suas ofertas e funções diárias, e
também suas Festas regulares, três vezes por ano: a Páscoa, o Pentecostes e o
Yom Kippur, o Dia da Expiação (a qual era seguida pela semana de júbilo na
Festa dos Tabernáculos), como podem ser vistos em Levítico capítulo 23.
No Dia da expiação,
era a responsabilidade particular do sumo sacerdote levar o sangue do bode
sacrificado ao Santo dos Santos, em memória de todo o povo de Deus, para perdão
de seus pecados.
Esta
maravilhosa responsabilidade requeria uma pessoa santificada (Êxodo 29), o sumo
sacerdote, vestido em seus "trajes santos". A parte superior da veste
santa é parecido com um avental, e é chamado o Éfode. Por cima do Éfode, em
forma quadrada, o peitoral, com doze pedras preciosas. Nos ombros havia mais
duas pedras preciosas. A vestimenta azul era chamada de manto, embaixo do qual
o sumo sacerdote usava uma túnica branca de linho fino, de obra tecida. Na sua
cabeça está a mitra branca de linho fino. Ao redor da base da mitra está a
lamina de ouro, gravada com os dizeres: "SANTIDADE AO SENHOR".
Toda esta
vestimenta e itens têm um maravilhoso significado. Uma vez que nós entendemos
que eles nos falam a respeito do celestial Sumo Sacerdote, Jesus, nós seremos
tomados de um profundo sentimento de gratidão em nosso espírito e um
encorajamento para nos aproximarmos de Deus com verdadeiro coração em plena
certeza de fé. (Hebreus 13. 15; 10. 22).
O ÉFODE (Êxodo 28. 5-14; 39. 2-7)
O Éfode é
uma vestimenta parecida com um avental vestida pelo sumo sacerdote. Ele era
confeccionado em quatro cores: azul, púrpura, carmesim e o branco de linho fino
retorcido. Estas são as mesmas cores que podem ser vistas na Porta do Pátio
externo, na Porta do Santuário e no Véu; elas referem a Cristo quando Ele é
revelado nos quatro evangelhos. Mas também há outra importante característica
no Éfode: os fios de ouro (cortados de uma barra de ouro) eram entrelaçados com
as outras cores (Êxodo 39. 3). Ouro não somente é precioso, como implica ser
divino e celestial.
Nas quatro
cores nós vemos Jesus como Ele era no Seu ministério terrestre. Jesus viveu
como homem na terra, um trabalhador, o carpinteiro de Nazaré (Marcos 6. 3); Ele
também sabia o que é envolvido quando é preciso depender-nos de outros para o
Seu sustento (Lucas 8. 3). Ele sabia o que significa estar cansado (João 4. 6),
com fome (Mateus 4. 2; Marcos 6. 31), com sede (João 4. 7), pressionado (Marcos
1. 32-34; 2. 2; 5. 22-24), tentado (Lucas 4. 2; Hebreus 2. 18), enlutado (João
11. 35), orando em agonia (Lucas 22. 44; Hebreus 5. 7), desapontado pelos
amigos na hora da necessidade (Lucas 22. 45-46), torturado (Mateus 27. 26),
cuspido e ridicularizado (Mateus 27. 29: 31), Ele sabe o que é de morrer (Lucas
23. 46). Por Ele ter passado por todas estas experiências, e também muitas
outras, as quatro cores nos falam de como Ele pode se compadecer de nós
(Hebreus 4. 15).
Também
bordado no Éfode estavam os fios de ouro, um maravilhoso "tipo" do
ministério celestial de Cristo como grande Sumo Sacerdote para os Seus. Ele
ressuscitou da morte, Ele subiu aos céus e está assentado a destra de Deus
(1 Coríntios 15. 3-4; Hebreus 1. 3). Lá, como misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, Jesus sempre vive e ora pelos Seus, para socorrê-los em suas dificuldades
(Hebreus 2. 17). Além disso, por Ele ter ressuscitado dos mortos e ascendido aos céus, Ele PODE fazer algo através Dele interceder por nós (Hebreus 7. 25): Ele nos ajuda (Hebreus 2. 16), demonstrando Sua misericórdia e ministrando a nós a Sua graça para ajudar-nos em tempo de necessidade (Hebreus 4. 16), especialmente quando somos tentados (Hebreus 2. 18).
(1 Coríntios 15. 3-4; Hebreus 1. 3). Lá, como misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, Jesus sempre vive e ora pelos Seus, para socorrê-los em suas dificuldades
(Hebreus 2. 17). Além disso, por Ele ter ressuscitado dos mortos e ascendido aos céus, Ele PODE fazer algo através Dele interceder por nós (Hebreus 7. 25): Ele nos ajuda (Hebreus 2. 16), demonstrando Sua misericórdia e ministrando a nós a Sua graça para ajudar-nos em tempo de necessidade (Hebreus 4. 16), especialmente quando somos tentados (Hebreus 2. 18).
AS PEDRAS NOS OMBROS (Êxodo 28. 9-12)
Seis nomes
estavam gravados em cada uma destas pedras, totalizando assim os nomes de todas
as doze tribos de Israel. Toda a vez que o sumo sacerdote comparecia diante de
Deus no Altar Dourado de Incenso, os nomes de todo o povo de Deus estavam em
seus ombros.
Jesus é o
Bom Pastor (João 10. 11). Ele conhece Suas ovelhas (João 10. 14) e sai em busca
de cada uma que está perdida no deserto (Lucas 15. 4). Individualmente, quando
Ele encontra cada uma das ovelhas perdidas, o Bom Pastor as coloca em Seus
ombros (Lucas 15. 5-7). As pedras nos ombros representam o pastoreamento
coletivo de Cristo nos milhares de vidas. Ele leva todas diante de Deus, como
hoje no céu Ele está intercedendo por nós (Romanos 8. 34; Hebreus 7. 25).
O PEITORAL (Êxodo 28. 15-30)
O peitoral
era de forma quadrada, e também bordado com fios de ouro. Fixados em ouro no
peitoral estavam doze pedras preciosas, uma para cada uma das doze tribos de
Israel. Cada uma tinha o nome da respectiva tribo gravado sobre ela. Isto
mostra que o Bom Pastor conhece suas ovelhas tão bem, que Ele chama cada uma
pelo seu próprio nome (João 10. 3). O sumo sacerdote carrega os nomes no
Peitoral "sobre o Seu coração" quando ele entra diante do Senhor
"como um memorial" (Êxodo 28. 29), prenunciando o amor eterno de
Senhor Jesus por Suas ovelhas (João 13. 1).
Tudo isso
não é para aqueles que não crêem. Infelizmente, eles estão fora do Tabernáculo,
não tendo ainda entrado pela Porta para o Pátio Externo. Seus nomes ainda
não estão gravados no Seu coração. Eles são como o homem rico de
(Lucas 16. 19), cujo nome nem mesmo é citado; em contraste, o nome do pobre Lázaro é conhecido até mesmo por Abraão (Lucas 16. 25), a despeito de suas feridas e pobreza. Ambos tinham ouvido as palavras de advertência de Moisés e os profetas, mas o homem rico não creu e nem creria ainda que algum dos mortos ressuscitasse (Lucas 16. 29-31). "Eu não posso crer naquilo que eu não vejo" é o protesto comum daqueles que estão cercados de conforto. O problema é que, quando eles forem confrontados com a realidade, será tarde demais: estarão mortos. Assim, meu amigo, quando você ouvir a voz do Bom Pastor, quando Ele te chamar pelo teu nome, permita que Ele te conduza e você O siga (João 10. 3-4, 25-27).
(Lucas 16. 19), cujo nome nem mesmo é citado; em contraste, o nome do pobre Lázaro é conhecido até mesmo por Abraão (Lucas 16. 25), a despeito de suas feridas e pobreza. Ambos tinham ouvido as palavras de advertência de Moisés e os profetas, mas o homem rico não creu e nem creria ainda que algum dos mortos ressuscitasse (Lucas 16. 29-31). "Eu não posso crer naquilo que eu não vejo" é o protesto comum daqueles que estão cercados de conforto. O problema é que, quando eles forem confrontados com a realidade, será tarde demais: estarão mortos. Assim, meu amigo, quando você ouvir a voz do Bom Pastor, quando Ele te chamar pelo teu nome, permita que Ele te conduza e você O siga (João 10. 3-4, 25-27).
Os nomes
conhecidos pelo sumo sacerdote estavam gravados em pedra. Isso não era um
capricho passageiro, eles não podiam ser apagados: "E dou-lhes a vida
eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão" [João
10. 28]. Na medida em que o sumo sacerdote ministrava no Lugar Santo, vestindo
o peitoral com os nomes gravados nas pedras, ele passa diante do Castiçal e a
luz brilha sobre os nomes (a Luz da Vida, João 8. 12), ele se aproxima da Mesa
dos Pães e os nomes correspondem um ao outro em comunhão nutritivo (o Pão da
Vida, João 6. 35), ele vem diante do Altar de Incenso carregando os nomes
individualmente e coletivamente diante de Deus, orando para que nos possa ser
concedida vida eterna, o que significa de conhecer o único Deus verdadeiro em
Jesus Cristo, o Messias
(João 17. 3).
(João 17. 3).
Aqui no
Lugar Santo, a ênfase é sobre a vida. Jesus o grande Sumo Sacerdote veio para
que eles (os nomes) possam ter vida, até vida eterna, e a tenham em abundância
(João 10. 10). O Sumo Sacerdote deveria ainda nos levar ao Santo dos Santos
para uma vista e experiência mais completa da vida eterna. Para nós entrarmos e
termos esta vida abundante e eterna, o Véu deve ser removido. Ele deve ser
rompido de alto a baixo, por Deus (Mateus 27. 51). E então nós teremos acesso
através Dele (o Véu) em um mesmo Espírito (tipificado pelo único e ungido sumo
sacerdote e pelo Tabernáculo ungido, agora tendo um lugar único) ao Pai
(Efésios 2. 18).
Jesus nosso
grande Sumo Sacerdote carrega os nomes de todos os Seus redimidos em Seus
fortes ombros. Além disso, todos os nomes individuais são reunidos em grupos e
separados apenas pela genealogia e localização da moradia (como as tribos de
Israel). Os nomes em forma coletiva são permanentemente carregados (como cada
pedra gravada no peitoral) em Seu terno coração. O Peitoral é, portanto uma
figura da Igreja expressa (estrutura física), como igrejas locais (célula
familiar), uma em cada lugar, no propósito de Deus.
O Peitoral
era de um dobrado duplo, formando assim um bolso. Dentro do bolso eram
guardados o Urim e o Tumim. Urim significa "luzes" e Tumim
"perfeições". Elas eram provavelmente duas jóias. Quando alguém tinha
que tomar uma importante decisão, consultava o sumo sacerdote. Ele ficaria
diante do Castiçal, segurando o Urim em uma das mãos e o Tumim na outra. Quando
a luz era refletida do Urim e Tumim sobre as pedras do Peitoral, este feixe de
luz produzia até 24 combinações (2 x 12). Desde que há 22 letras no alfabeto
Hebraico, os feixes de luz poderiam produzir fileiras de letras. Quando Deus
soprava através da Arca, o Véu se moveria, permitindo que um vento leve
balançasse as chamas do Castiçal para momentaneamente alterar o angulo de
direção da luz no Urim e no Tumim, e então no Peitoral. Então Deus podia se
comunicar diretamente, mas não de forma audível, com o sumo sacerdote, lhe
concedendo a resposta para a pergunta.
O MANTO (Êxodo 28. 31-35)
O Manto era
todo feito em azul. Ele tinha uma orla, a qual tinha sido ligada motivos em
forma de romãs (de azul, púrpura e carmesim), com sinos de ouro no meio das
romãs. Os sinos de ouro eram o anúncio de que o sumo sacerdote estava
ministrando, um som maravilhoso, apoiado pelos frutos maravilhosos, as romãs.
Este mesmo balanço de obras e palavras nós encontramos no Senhor Jesus (Lucas
24. 19).
A MITRA E A LÂMINA
DE OURO (Êxodo
28. 36-39)
A Mitra era
feita de linho fino branco. Geralmente, o linho fino branco representa as obras
de justiça (Apocalipse 19. 8). Aqui, a ênfase está em nossa mente, aquilo que é
sobre o nosso processo de pensar, "levando cativo todo o entendimento à
obediência de Cristo" [2 Coríntios 10. 5], tomando o "capacete da
salvação" [Efésios 6. 17]. Nossa mente é o grande problema. Quando
Zacarias teve a visão de Josué (Zacarias 3. 1-5), o Senhor começou a tratar o
problema das vestes sujas (v 3) colocando uma Mitra limpa em sua cabeça (v 5).
Vendo que as palavras Hebraicas para Josué (Yoshuah) e salvação (yeshuah) são
tão parecidas, nós vemos aqui o quadro de tomar o capacete da salvação, para
tratar com os nossos pensamentos sujos de injustiça.
Atado a
Mitra e sobre a testa do sumo sacerdote estava a Lâmina de Ouro, uma chapa de
ouro gravada com os dizeres "SANTIDADE AO SENHOR". Este selo de Deus
está legitimamente sobre a testa de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso grande
Sumo Sacerdote. Mas, para nós, a quem Ele já constituiu sacerdotes (Apocalipse
1. 5-6), há uma clara indicação de que nós não devemos ser apenas externamente
revestidos de Cristo; Ele deve transformar-nos pela renovação de nosso
entendimento para que experimentemos a vontade de Deus: nossa santificação.
(Romanos 12. 2; I Tessalonicenses 4. 3). Quanto nós necessitamos sermos
renovados no espírito de nosso entendimento, nos revestindo do novo homem
criado em justiça e verdadeira santidade. (Efésios 4. 23-24)
CONCLUSÃO
[Hebreus 3. 1] "Irmãos santos, participantes da
vocação celestial, considerai o Sumo Sacerdote, Jesus".
[Hebreus 4. 14-16] "Visto que temos um grande sumo
sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, um Sumo Sacerdote que pode se compadecer de
nossas fraquezas (sendo como nós, em tudo tentado, mas sem pecado), nos chegue,
pois, com confiança ao trono da graça, a fim de sermos socorridos em tempo
oportuno".
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