quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O FIM DO MILÊNIO


O FIM
DO MILÊNIO

Adaptação
Pr. João Lopes Amaral

Fortaleza-Ceará - Brasil
- 2012 -
         O Estado de depravação natural do coração humano é revelado pelos acontecimentos ao fim desse período de 1.000 anos, durante o qual o homem foi exposto às melhores influências espirituais possíveis. Satanás estava algemado e Jesus Cristo e o Espírito Reinavam supremos em todo o mundo.


         Mas ao fim do Milênio, Satanás será solto do abismo por “pouco tempo” [Ap 20. 3, 7-9], quando uma vasta multidão de gente o acompanhará em uma rebelião contra o Senhor Jesus Cristo em Jerusalém. Essa rebelião será fustigada imediatamente e dominada por Deus que enviará fogo do céu que o devorará. Essa será o verdadeiro terminante fim da carreira de Satanás. Quanto a esta terra, quando, então, ele será lançado no lago de fogo, onde será atormentado para sempre.

         O fim do Milênio marcará também o fim de todas as dispensações terrestres e o fim do tempo. Havendo muitos fracassados durante esta derradeira dispensação em que se manifestou a presença do Senhor e sua influência, que visa à salvação e a vida eterna, não resta mais nada para tais, a não ser, a indignação abrasadora de Deus. Deus havia prometido a Noé que nunca mais destruiria a terra por água e essa promessa Deus tem cumprido à risca. Portanto, desta vez a destruição será por fogo, como Pedro revela em [2 pe 3. 7-12; Ap 20. 9]. Assim como os salvos da época antediluviana foram resgatados dentro da arca, assim Deus guardará os redimidos desta dispensação milenial enquanto a terra é renovada por fogo [Is 55. 16].

         É nessa conjuntura que surgiu ‘O GRANDE TRONO BRANCO’, perante o qual todos os ímpios de todos os séculos terão que comparecer. E será julgado por Deus, o Todo Poderoso, [Ap 20. 11-15]. Os justos das primeiras seis dispensações foram julgados durante a Grande Tribulação [Ap 11. 18; 2 Co 5. 10; 1 Co 3. 10-15], e se algum justo aparecer em juízo perante o Grande Trono Branco, será desses que se converteram a Cristo durante O Milênio. Esse será o derradeiro julgamento de todos os tempos. As sentenças aqui entregues determinarão o caminho dessas almas para toda a eternidade.

[Apocalipse 3. 7-9]
7. E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:
8. Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.
9. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.

NOTA.: Filadélfia. A palavra significa “Amor Fraternal”, menor que as outras igrejas as quais João escreve, ficava cerca de setenta quilômetros a sudoeste de Sardes. Seu deus principal era Dionísio, o deus do vinho. A chave de Davi: uma citação de [Is 22.22], onde ela é um símbolo de autoridade. Compare com “As chaves da Morte e do Inferno [Ap 1. 18] e as chaves do reino [Mt 16-19]

[Isaías 22. 22] “Porei sobre o seu ombro a chave da Casa de Davi, ele abrirá, e ninguém fechará, fechará e ninguém abrirá”.

A CHAVE – Representa a posição de responsabilidade e o poder de tomar decisões (abrirá... Fechará) Conf. Mt 16. 19; Ap 3. 7-8].
[Mateus 16. 19] “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado no céu”.

NOTA:. As chaves. A autoridade para abrir as portas da cristandade foi dada a Pedro, que a usou para os judeus no dia de pentecostes e para gentios na casa de Cornélio (atos 10). Terá sido desligado ...desligado. O Céu, não os apóstolos, é que inicia o ligar e o desligar, ao passo que os apóstolos anunciam tais coisas. Em [João 20. 22-23], Jesus fala de pecados: aqui Ele fala de coisas (isto é, práticas). Um exemplo das práticas determinativas dos apóstolos encontra-se em [Atos 15. 10].

[Atos 10. 1-48]
1. E havia em Cesaréia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana,
2. Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus.
3. Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio.
4. O qual, fixando os olhos nele, e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus;
5. Agora, pois, envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro.
6. Este está com um certo Simão curtidor, que tem a sua casa junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer.
7. E, retirando-se o anjo que lhe falava, chamou dois dos seus criados, e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço.
8. E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope.
9. E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.
10. E tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos,
11. E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra.
12. No qual havia de todos os animais quadrúpedes e répteis da terra, e aves do céu.
13. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come.
14. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda.
15. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.
16. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu.
17. E estando Pedro duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os homens que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão.
18. E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali.
19. E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te buscam.
20. Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei.
21. E, descendo Pedro para junto dos homens que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Sou eu a quem procurais; qual é a causa por que estais aqui?
22. E eles disseram: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras.

NOTA 10. 2 .: Cornélio era um semiprosélito do judaísmo, alguém que aceitava crenças e práticas mas não chegara a circuncidar-se.

10. 14 – Cousa alguma comum e imunda. A lei mosaica proibia a ingestão de certos animais impuros (Lv. 11). Deus estava anunciando a Pedro uma lição sobre pessoas. (Veja o Vs. 28).

RALATIVO A COMIDA IMUNDA...
[Levítico 11. 1-47]
1. E falou o SENHOR a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:
2. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais, que comereis dentre todos os animais que há sobre a terra;
3. Dentre os animais, todo o que tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, e rumina, deles comereis.
4. Destes, porém, não comereis; dos que ruminam ou dos que têm unhas fendidas; o camelo, que rumina, mas não tem unhas fendidas; esse vos será imundo;
5. E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo;
6. E a lebre, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; essa vos será imunda.
7. Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo.
8. Das suas carnes não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; estes vos serão imundos.
9. De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis.
10. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação.
11. Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver.
12. Todo o que não tem barbatanas ou escamas, nas águas, será para vós abominação.
13. Das aves, estas abominareis; não se comerão, serão abominação: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
14. E o milhano, e o abutre segundo a sua espécie.
15. Todo o corvo segundo a sua espécie,
16. E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião segundo a sua espécie.
17. E o bufo, e o corvo marinho, e a coruja,
18. E a gralha, e o cisne, e o pelicano,
19. E a cegonha, a garça segundo a sua espécie, e a poupa, e o morcego.
20. Todo o inseto que voa, que anda sobre quatro pés, será para vós uma abominação.
21. Mas isto comereis de todo o inseto que voa, que anda sobre quatro pés: o que tiver pernas sobre os seus pés, para saltar com elas sobre a terra.
22. Deles comereis estes: a locusta segundo a sua espécie, o gafanhoto devorador segundo a sua espécie, o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie.
23. E todos os outros insetos que voam, que têm quatro pés, serão para vós uma abominação.
24. E por estes sereis imundos: qualquer que tocar os seus cadáveres, imundo será até à tarde.
25. Qualquer que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde.
26. Todo o animal que tem unha fendida, mas a fenda não se divide em duas, e todo o que não rumina, vos será por imundo; qualquer que tocar neles será imundo.
27. E todo o animal que anda sobre as suas patas, todo o animal que anda a quatro pés, vos será por imundo; qualquer que tocar nos seus cadáveres será imundo até à tarde.
28. E o que levar os seus cadáveres lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde; eles vos serão por imundos.
29. Estes também vos serão por imundos entre os répteis que se arrastam sobre a terra; a doninha, e o rato, e a tartaruga segundo a sua espécie,
30. E o ouriço cacheiro, e o lagarto, e a lagartixa, e a lesma e a toupeira.
31. Estes vos serão por imundos dentre todos os répteis; qualquer que os tocar, estando eles mortos, será imundo até à tarde.
32. E tudo aquilo sobre o que cair alguma coisa deles estando eles mortos será imundo; seja vaso de madeira, ou veste, ou pele, ou saco, qualquer instrumento, com que se faz alguma obra, será posto na água, e será imundo até à tarde; depois será limpo.
33. E todo o vaso de barro, em que cair alguma coisa deles, tudo o que houver nele será imundo, e o vaso quebrareis.
34. Todo o alimento que se come, sobre o qual cair água de tais vasos, será imundo; e toda a bebida que se bebe, depositada nesses vasos, será imunda.
35. E aquilo sobre o que cair alguma parte de seu corpo morto, será imundo; o forno e o vaso de barro serão quebrados; imundos são: portanto vos serão por imundos.
36. Porém a fonte ou cisterna, em que se recolhem águas, será limpa, mas quem tocar no seu cadáver será imundo.
37. E, se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre alguma semente que se vai semear, será limpa;
38. Mas se for deitada água sobre a semente, e se dos seus cadáveres cair alguma coisa sobre ela, vos será por imunda.
39. E se morrer algum dos animais, que vos servem de mantimento, quem tocar no seu cadáver será imundo até à tarde;
40. E quem comer do seu cadáver lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde; e quem levar o seu corpo morto lavará as suas vestes, e será imundo até à tarde.
41. Também todo o réptil, que se arrasta sobre a terra, será abominação; não se comerá.
42. Tudo o que anda sobre o ventre, e tudo o que anda sobre quatro pés, ou que tem muitos pés, entre todo o réptil que se arrasta sobre a terra, não comereis, porquanto são uma abominação.
43. Não vos façais abomináveis, por nenhum réptil que se arrasta, nem neles vos contamineis, para não serdes imundos por eles;
44. Porque eu sou o SENHOR vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo; e não vos contaminareis com nenhum réptil que se arrasta sobre a terra;
45. Porque eu sou o SENHOR, que vos fiz subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo.
4. Esta é a lei dos animais, e das aves, e de toda criatura vivente que se move nas águas, e de toda criatura que se arrasta sobre a terra;
47. Para fazer diferença entre o imundo e o limpo; e entre animais que se podem comer e os animais que não se podem comer. 

         Embora a ênfase recaia sobre a impureza cerimonial, em vez de ética, a não obediência a estes regulamentos constituía pecado. Estas leis serviam para:
1. Refletir a santidade de Deus,
2. Distinguir culto israelita das práticas idólatras das nações circunvizinhas,
3. Ajudar a manter a saúde física (saúde publica).

11.3 – A legislação sobre quadrúpedes (animais com cascos bipartidos e que ruminavam) é definida no versículo 3, e depois e ilustrada com quatro animais que não satisfazem as condições. O casco divide em dois. Significa casco fendido de alto a baixo (conf. Dt 14. 6) – Todo animal que tem unhas fendidas, e o casco divido em dois, e rumina entre os animais isso comereis.

11.5 – Aiganaz. Uma espécie de texugo das rochas, um roedor. O fato de suas mandíbulas estarem em constante movimento (como as do coelho V. 6), dá a impressão de ser um ruminante.

11. 9-12 – Somente peixes com nadadeiras e escamas podem ser comidos (conf. Dt 14. 9-10), isto comereis de tudo o que há nas águas: tudo o que tem barbatanas e escamas e escamas comerão. Mas tudo o que não tiver barbatanas e escamas não o comereis; imundo vos será. – Isto eliminava enguias, peixes de couro, moluscos e crustáceos.

11.13-19 – Vinte aves imundas são citadas especificamente. O quebrantoso e a águia marinha são dois tipos de abutres. O milhano era uma ave carnívora de porte médio. O corvo marinho é identificado como o cormorão. A poupa é uma bela ave de plumagem colorida.

11. 20-23 – Insetos que rastejam como quadupeodes eram proibidos, exceto àqueles com longas pernas trazeiras, próprias para pulo, da família do gafanhoto.

11. 12-40 – Qualquer pessoa ou objeto que tocasse o cadáver de um animal impuro ficava imundo até ser lavado.

23. Então, chamando-os para dentro, os recebeu em casa. E no dia seguinte foi Pedro com eles, e foram com ele alguns irmãos de Jope.
24. E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos.
25. E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou.
26. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.
27. E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se haviam ajuntado.
28. E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.
29. Por isso, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois, por que razão mandastes chamar-me?
30. E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona.
31. E eis que diante de mim se apresentou um homem com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus.
32. Envia, pois, a Jope, e manda chamar Simão, o que tem por sobrenome Pedro; este está em casa de Simão o curtidor, junto do mar, e ele, vindo, te falará.
33. E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.
34. E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
35. Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.
36. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos);
37. Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou;
38. Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
39. E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
40. A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,
41. Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos.
42. E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
43. A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
44. E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
45. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
46. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
47. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
48. E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias.

Quando Deus estava ensinando a Pedro sobre as pessoas – Ver (Atos 10. 28) – A quem se dirigiu dizendo: Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça: mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo.

NOTA 10. 28 :. – O caso de Cornélio foi o primeiro de sua espécie e crucial para a disseminação do cristianismo. Respondia a pergunta: “Pode a nova fé” (ainda tão intimamente associada ao judaísmo) admitir à comunhão um gentio incircunciso? A questão, todavia, não seria resolvida até algum depois.

A PREGAÇÃO DE PREDRO...
[Pedro 10. 23-48]
23. Então, chamando-os para dentro, os recebeu em casa. E no dia seguinte foi Pedro com eles, e foram com ele alguns irmãos de Jope.
24. E no dia imediato chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos.
25. E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou.
26. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.
27. E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se haviam ajuntado.
28. E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.
29. Por isso, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois, por que razão mandastes chamar-me?
30. E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona.
31. E eis que diante de mim se apresentou um homem com vestes resplandecentes, e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus.
32. Envia, pois, a Jope, e manda chamar Simão, o que tem por sobrenome Pedro; este está em casa de Simão o curtidor, junto do mar, e ele, vindo, te falará.
33. E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.
34. E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;

[Deuteronômio 10 .17] “Pois, o Senhor, vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não acepção de pessoas, nem aceita suborno”

[2 Crônicas 19. 7] “Agora, pois, seja o temor do Senhor convosco, tomai cuidado e fazei-o, porque não há no Senhor injustiça, nem parcialidade, nem aceita suborno”.

35. Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.
36. A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos);
37. Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou;
38. Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
39. E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
40. A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse,
41. Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos.
42. E nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.
43. A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome.
44. E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
45. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
46. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.
47espondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?
48. E mandou que fossem batizados em nome do Senhor. Então lhe rogaram que ficasse com eles por alguns dias. 

NOTA 10. 48 :. – Caiu o Espírito Santo sobre todos. No caso destes convertidos gentios, o dom do Espírito Santo foi concedido antes mesmo de se batizarem na água (Vs. 48). A autenticidade do dom foi provada pela glossolalia (falar em línguas Vs. 45) independente da imposição de mãos. Tudo isso demonstrava, especificamente para os irmãos judeus que acompanhavam Pedro, que Deus recebera àqueles gentios na igreja nas mesmas bases dos crentes judeus, porque tinham crido em Cristo (Vs. 43) [Apocalipse 3. 7-8 (página)]

Nenhum comentário:

Postar um comentário